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maio 19, 2023

Futuro



A vida é uma caixa de surpresas, quando você menos espera tudo pode mudar.

Na adolescência os livros me levavam para um mundo mágico, repleto de obras de grandes escritores, que me marcaram intensamente, seja por sua genialidade ou simplicidade. Lembro do medo que sentia de ler um Machado de Assis, devido a sua complexidade, tinha grande receio de não compreender a obra, contudo a icônica dedicatória de “Memorias Póstumas de Brás cubas” somente atiçou minha curiosidade para a leitura afinal como não ficar curioso com tal texto.

Outra obra que me marcou bastante foi "Primo Basílio" de Eça de Queiros, confesso que além de Dolores Umbridge a única personagem que desejei um fim trágico foi Juliana governanta da casa de Luísa! Paguei muitos micos lendo as obras de Carlos Drummond e Aluísio de Azevedo em público, afinal como se conter as narrativas cômicas de “O cortiço”, e de “O Assalto”.

Anos mais tarde na escrita uma fuga dos meus problemas, iniciei tímida escrevendo algumas fanfincs, demorei anos até publicar a primeira em uma plataforma online e confesse que não cheguei a concluir a história.

Lembro que minha mãe tinha certeza que eu estudaria literatura, letras ou algo nesse sentido, mas contrariando a todos optei por engenharia, foram anos dedicados a universidade, mas a escrita sempre ali presente como uma rota de fuga. Na universidade me destaquei em algumas matérias princialmente de estruturas, lembro dos professores falando que eu tinha futuro nessa área, mas não levei muito a sério.

Nesses anos muitas coisas aconteceram em minha vida, decidir transformar minhas fanfincs em livros originais, onde um ja foi publicado, comecei a me dedicar um pouco mais ao blog - que ja foi excluído diversas vezes.

Hoje poderia dizer que estou realizada profissionalmente, afinal são mais de seis anos trabalhando no setor de transportes, somente em minha empresa atual são quatro anos, tive a honra de ser efetivada antes de minha formatura. E de certa forma me sinto realizada pessoalmente também, afinal meus livros estão com percentual de visualização, afinal A profecia já ultrapassa as 300 visualizações (somando versão em inglês e português).

Agora recordam eu disse que a vida é uma caixinha de surpresas? Pois é gente, quando menos se espera tudo pode mudar, às vezes o trem da vida faz uma mudança brusca de direção e você se depara com decisões que podem mudar sua via completamente. Então você se encara e fala e agora o que eu faço?

Hoje me surgiu uma oportunidade que jamais considerei que apareceria para mim, mas o mais
surpreendeu não foi a oportunidade propriamente dita, mas o momento em que ela surge, em um momento em que me via perdida, pensando se estava ou não no caminho certo. Desde o ano passado tenho passado por momentos um tanto quanto obscuros, tenho refletido bestante com os rumos que minha vida seguiram. 

Há muito tempo não tenho estado feliz, há muito tempo penso em qual o sentido da minha vida, se as pessoas ao meu redor notam que não estou bem e o ano passado creio que foi o estopim de tudo, eu poderia não estar mais aqui. Foi nesse momento que decidir retomar com o blog e nele procurei uma forma de externalizar o que tem me atolado, as postagens não são tão frequentes ou inovadoras, o tempo não tem me sido algo frequente, o que me frustra mais ainda. 



janeiro 30, 2023

O Precipício


Sabe quando você percebe que tem algo errado? Quando você está bem próximo o precipício? Pensando um pouco a resposta não é tão difícil, é simples, mas o mais importante está na pergunta, ao ter algo errado a solução pode ser simples, após identificar o erro basta procurar a solução e colocá-la em prática, mas a beira do precipício não é tão fácil assim. 

         Algo está errado, quando seu corpo está cansado, quando você se sente incomodado com algo ou alguém, quando seu estresse está no máximo, quando coisas simples te tiram do sério, você fica nervosa, triste… são pontos em que você nota tem algo errado, então você procura ajuda, uma solução. Mas quando você está abeira do precipício não assim tão simples, já passou a fase "tem algo errado", você já procurou pela ajuda, e não achou. O precipício vem depois daquele momento em que você se dá conta que está sozinho, que ninguém vai lhe ajudar, apoiar, ou simplesmente lhe oferecer um ombro para chorar.

        Você nota que chegou ali, quando as coisas que você mais gostava, simplesmente perdem a graça ou você não tem mais forças para efetuá-las, aquele passatempo que você amava não lhe atrai mais. Aquela jovem que virava as noites lendo livros e livros, hoje não tem ânimo para ler um post em rede social, aquela pessoa que adorava escrever, ler, responde os comentários em suas postagens, hoje demora séculos para escrever uma linha, e muitas vezes refaz a mesma diversas vezes. 
       A escrita alegre se torna melancólica, as músicas e vídeos de danças dão lugar a palestras de motivação em uma tentativa vaga de tentar se reerguer. Aquela profissional exemplar, sempre concentrada no trabalho, se tornou dispersa, e lenta, não por perder a eficiência, mas a vontade de voltar para casa no fim do dia.
      
Lembra daquele sorriso que iluminava a todos ao redor, aquela alegria, a gargalhada fácil? Foram se perdendo gradualmente, hoje tem pessoas ao seu redor que jamais ouviram sua bela gargalhada ou aquele brilho no seu olhar, mas ninguém notou. Ninguém notou você se fechando para si, ninguém notou que você não canta mais, não dança, ninguém notou seus olhos inchados de tanto chorar, nem a dor refletida em seus olhos. Seu corpo não tem marcas, mas sua alma está dilacerada. 
As poucas vezes em que fala que não está bem, qual a resposta? Nunca é uma mão amiga para te ajudar, são sempre palavras julgadoras que acerta sua alma como uma chuva flechas, nunca, surge alguém para juntar os caquinhos, na verdade, às vezes parece que querem transformar os caquinhos em pó.


          Acho que já passou da hora das pessoas notarem que as palavras machucam e muito, que as ações ou ausência delas falam mais que milhares de “eu te amo”! Me pergunto que amor é esse, que está sempre pronto para te derrubar, para te fazer sentir a pessoa mais inútil da face da terra, criticam sua roupa, seu cabelo, as músicas que você gosta, sua forma de fala, seus hobbies, sua alegria? Que amor é esse que fez e faz de tudo para te manter o máximo isolada do mundo, te afasta dos amigos, afinal “Só querem te explorar, e escola/faculdade/trabalho não é lugar de amigos”. Passam horas criticando seu local de trabalho, afinal “eles não te pagam hora extra? Não tem mais ninguém lá para fazer isso? Não confie em ninguém, eles querem te derrubar.” Ou pior, te faz sentir como se nada que você faça é importante, afinal, “você não tem nada de importante para fazer hoje, pode faltar o trabalho para levar meu filho ao parque“Você não tem filho, marido, família, então não entende meu cansaço, pode muito bem trabalhar a semana toda e aos fins de semana cuidar dos seus sobrinhos, afinal eu preciso descansar”.

O que as pessoas esquecem que o precipício é atrativo, aquele momento que você olha para baixo você não tem mais vontade de sair dali, pelo contrário sua vontade é de se jogar e abraçar a escuridão, afinal ela é sua melhor amiga e ninguém te entende como ela. E para ir contra a vontade de se jogar é preciso uma força extrema, força essa que muitas vezes não temos mais.

Voltando a pergunta, você sabe que está à beira do precipício, quando se cala, quando não sente mais nada, não vive e sim sobrevive, e não tem ideia de como sair da beira. Prometo que quando descobrir te aviso ou talvez tenha que esperar meu cavaleiro ou ceifador vir me salvar, só espero que não demore muito.



 




dezembro 13, 2022

Uma boa vida

            

       Charles Chaplin disse uma vez que, "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos." mas o que ele quis dizer com essa frase? Acredito que não seria para vivermos como se não ouvesse amanhã, apenas ter uma boa vida.
     Mas o que seria uma boa vida? A cultura oriental tem costume de dizer que não se deve ter arrempendimentos, o que acredito ser um bom principio, não interessa o que os outros vão pensar desde que sua conciencia esteja tranguila.
    As vezes ficamos tão focados na correria do dia a dia que esquecemos de olhar ao redor, de observar a natureza, ou apenas notar que existe coisas simples e mais importantes, as vazes fazemos esforços para ajudar instituições de renomes e esquecemos de oferecer a mão ao vizinho que as vezes precisa apenas de ombro amigo, esquecemos dequele pai de familia que vede bala no sinal para sustentar sua familia. Alguns sabem cada passo daquele artista que admira, se está casado, namorando, se fez algum procedimento estético, mas não percebe quando seu companheiro alterou o corte de cabelo e virse versa, muitos sabem toda escalação do seu time de futebol, mas poderia fazer o mesmo com os quase doze professores de seus filhos, ou pelo menos o nome e endereço de algos amiguinhos?
     Muitos fala que esse geração é a geração nutela ou mimi,  outros fala que é a geração mais depressiva de todas, mas eu me pergunta de quem seria a culpa? Por que dessa geração ser tão "frágil" se assim podemos dizer? Lembro claramente de minha mãe ir na escola conversar com meus professores até meus 17 anos, ela sabia e sabe até hoje o nome de praticamente todos e ainda tem todos eles no Facebook, lembro de mesmo com a correria do trabalho ela achava tempo para olhar minha agenda, minha mochila quando era pequena, e no Ensimo Médio ela achava tempo para pergunta se eu fiz a tarefa de casa.
      Minha geração tinha o costume de no sabado reunir toda familia para fazer a faxina da casa e no domigo sentávamos para assistir temperatura maxima. Ainda sou da turma que ia passar as férias na casa dos avós e lá passava o dia brincando na rua enquanto as senhoras fofocavam ou bordavam na calçada, bandeirinha, queimada, peteca entre outros jogos era a diversão da turma até mesmo adultos entravam na roda.  
         Os intervalos, que na minha epoca chamavamos de recreio, e tinha apenas uma funçao brincar, porque o lance era servido em sala pelos professeres e poucos desses se refugiavam na sala dos professores, corre cotia, biloca, bafo, dama, dominó, xadrez, pega vareta é apenas alguns dos jogos que aprediamos nos dias de chuva, porque se tivesse sol, era na quadra que estavamos. Aprendemos a cair e levantar, se brigou com o colega a sentar e resolver, o pai ser chamado na escola era o terror do aluno. Sou da geração em que os pais estavam sempre presentas na escola, e não importa o que fosse o pai e a mae eram altoridade maxima, mas tambem eram nosso melhores amigos. Hoje parece que alguns pais esqueceram que é caido que a criança aprende a andar, esqueceram que o presente não é importante e sim a presença dele, as fezes o simples sentar na sala para assistir um jogo de futebol com seu filho, dançar a musica favorita da sua filha com ela, ou desemterrar um  dominó e jogar junto.
   
           Então acredito que uma vida boa é uma vida sem arrependimentos, e aí? Como tem levado sua vida? 
 
 
 

Tristeza

    " Tão frágil como uma flor e, ao mesmo tempo, tão forte quanto uma rocha; Tão leve quanto uma pena, mas tão pesada quanto um meteor...